quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Inclusão na prática docente: A metodologia do lúdico na educação inclusiva sendo utilizada como recurso didático para a Educação Infantil - José Henrique Feliciano Silva

Inclusão na prática docente: A metodologia do lúdico na educação inclusiva sendo utilizada como recurso didático para a Educação Infantil

 

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo revisar textos que tratam sobre a utilização do lúdico na prática docente e como uma metodologia baseada nesse uso pode promover a inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas em turmas regulares na Educação Infantil. Para entender melhor como o lúdico pode ser proposto como metodologia docente, primariamente em turmas com alunos com necessidades educacionais específicas, é preciso entender seu significado. Para alguns, o lúdico se resume apenas a jogos; já para outros, a brincadeiras. Entretanto, seu significado é muito mais abrangente.

A origem da palavra lúdico vem do latim ludus, que quer dizer jogo. Se essa palavra fosse deixada apenas em sua origem, o termo estaria confinado apenas a jogar, brincar ou ao movimento espontâneo. Porém, através do comportamento do ser humano e dos processos que o organizam, o lúdico passou a ser reconhecido como essencial ao desenvolvimento humano, deixando, assim, sua definição mais abrangente do que apenas o sinônimo de jogo (ALMEIDA, 2009).

As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo, ou seja, o lúdico faz parte do desenvolvimento humano. Percebemos, então, que o lúdico pode estar presente em sala de aula como uma importante metodologia na prática docente. Nesse contexto, as brincadeiras podem fazer com que a criança consiga expressar seus sentimentos e as diferentes impressões que tem de si e daqueles que com ela convivem. Assim, todo educador engajado a promover mudanças na sua prática em sala de aula deve encontrar na proposta do uso do lúdico uma importante metodologia, a qual tem condições de contribuir para a melhoria das atividades realizadas no ambiente escolar no que se refere à promoção de ações inclusivas.

Nesse sentido, é objetivo deste trabalho demonstrar que a metodologia do lúdico favorece, sim, e de forma significativa, a melhoria do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a educação inclusiva.

JUSTIFICATIVA

Na observação dos alunos da Educação Infantil com necessidades educacionais específicas, o lúdico tem se tornado um método inovador, pois tem permitido, através de jogos e de brincadeiras, uma nova perspectiva da concepção sobre aprendizagem. Contudo, é importante observar que nem todo jogo ou brincadeira pode oportunizar uma aprendizagem. O jogo ou a brincadeira devem estar implicitamente entrelaçados a uma competência disciplinar para que ocorra, de forma lógica, uma aprendizagem. Nesse sentido, o presente estudo pretende demonstrar, por meio de pesquisa bibliográfica, de que forma o lúdico pode ser usado como metodologia na prática docente e contribuir para a promoção de ações inclusivas e para a melhoria dos métodos aplicados e do aprendizado, com proposta de mudança de paradigmas, de maneira que a prática docente traga a inclusão.

METODOLOGIA INCLUSIVA NA PRÁTICA DOCENTE

A metodologia analisa os modelos de ensino e suas implicações no processo da aprendizagem. Etimologicamente falando, a palavra método significa caminho a seguir para alcançar algum fim (PILETTI, 1995, p. 102). A prática metodológica adotada pelo professor ou pela escola traz em si o objetivo de inserir diferentes estratégias em situações didáticas, a fim de promover a aprendizagem. A partir desse pressuposto, a prática docente deve equacionar a utilização dos procedimentos didáticos e pedagógicos propostos em seu planejamento com o objetivo de obter metodologias que atendam às necessidades dos alunos para que ocorra uma aprendizagem inclusiva.

Para Libâneo (2001), as práticas de formação de professores consideram o aluno como parte do processo de ensino e aprendizagem. O professor deve ter, em sua formação acadêmica, o desejo de buscar metodologias diferenciadas que promovam, em seus princípios, uma igualdade no ato da aprendizagem, envolvendo todos os alunos em seus métodos, ou seja, possibilitando a participação nas aulas em equidade de condições com os demais, pois a inclusão não deve ser tida como metodologia opcional, e sim como parte do processo pedagógico visto por um professor inovador, dinâmico e prático. Portanto, o docente tem o papel de auxiliar o aluno com necessidades educacionais específicas para que ele avance tanto intelectualmente quanto socialmente.

Uma metodologia inclusiva na prática docente que tem trazido, em seus parâmetros, bons resultados em sala de aula, promovendo uma inclusão em suas práticas, é a utilização de jogos lúdicos como recurso didático, pois desenvolvem nos alunos, por exemplo, os novos signos linguísticos que se fazem nas regras, a função de literalidade e não literalidade e a combinação de ideias e comportamentos que auxiliam o desenvolvimento na aprendizagem de noções e habilidades.

Para Vygotsky (1989), o brincar é uma atividade humana criadora, na qual a imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações com outros sujeitos, crianças e adultos. Sendo assim, o professor, ao utilizar-se de tais metodologias em sua prática de ensino, estará colaborando significativamente na formação educacional de seus alunos, promovendo a inclusão em todo o processo de ensino e aprendizagem.

O LÚDICO E AS CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS

No início do século XX, as brincadeiras passaram a ser objeto de estudo entre autores que dedicaram suas pesquisas às representações mentais. Surgiram, então, os trabalhos de: Piaget, Vygotsky, Leontiev e Elkonin, os quais tentaram comprovar a importância e o valor das brincadeiras no desenvolvimento infantil e na aquisição de conhecimentos. Grandes teóricos como Rousseau (Emílio ou Da Educação); e Froebel e Dewey (Vida e Educação) também confirmam a importância do lúdico para a educação da criança (apud FERREIRA, 2002).

A vivência de ideias em nível simbólico oferece à criança uma compreensão melhor sobre o significado da vida real, e ela passa a evoluir a partir de seus pensamentos com relação a suas ações, razões pelas quais as atividades lúdicas são tão importantes para o desenvolvimento do pensamento infantil.

É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. Para uma criança muito pequena, os objetos têm força motivadora, determinando o curso de sua ação; já na situação de brinquedo, os objetos perdem essa força motivadora, e a criança, quando vê o objeto, consegue agir de forma diferente em relação ao que vê, pois ocorre uma diferenciação entre os campos do significado e da visão, e o pensamento que antes era determinado pelos objetos do exterior passa a ser determinado pelas ideias (VYGOTSKY, 1998, p. 112).

Dentro das atividades lúdicas, espera-se que a criança com necessidades educacionais específicas desenvolva a coordenação, o movimento ritmado, a atenção, o desenvolvimento da posição quanto ao corpo, trazendo aspectos físicos, afetivos, psicológicos e sociais. Para Mafra (2008), a criança com deficiência intelectual, por exemplo, é capaz de ter um pensamento lógico, mas precisa de uma estratégia de mediação a fim de desenvolver ainda mais o seu raciocínio. Portanto, os jogos e as brincadeiras infantis, aplicados de forma lógica e contextualizada a competências adequadas no processo de aprendizagem, podem parecer apenas passatempo, mas, na verdade, preparam a criança com necessidades educacionais específicas para um aprendizado posterior, demonstrando, no ato do ensino, a inclusão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, houve uma observação e reflexão sobre a importância da utilização didática do lúdico pelos professores da Educação Infantil, demonstrando, na prática, que uma metodologia baseada nesse exemplo serve como modelo, ou seja, nesse paradigma existe a provisão para a inclusão de crianças com necessidades educacionais específicas em turmas da Educação Infantil.

É percebível que, quanto mais profundo for o conhecimento dos professores, maior será a possibilidade de seu uso em sala de aula, havendo uma probabilidade para que tais métodos, baseados nesses paradigmas, promovam a inclusão de crianças com necessidades educacionais específicas em turmas da Educação Infantil. Afinal, ao sentirem que as vivências lúdicas podem resgatar a sensibilidade e a criatividade, perceberão, também, a promoção da melhoria na aquisição de conhecimentos, o fortalecimento das habilidades e, principalmente, o favorecimento de ações mais inclusivas. Portanto, no ambiente escolar, as práticas lúdicas contribuem para uma docência inovadora e inclusiva, favorecendo a construção do conhecimento e o respeito à diversidade.


Prof. Especialista Henrique Feliciano



ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. Cooperativa do Fitness, Belo Horizonte, jan. 2009. Seção Publicação de Trabalhos. Disponível em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso em: 26 mar. 2022.

FERREIRA, Lívia. A importância do lúdico na Educação Infantil. Antígona, [S.I.], set. 2009. Disponível em: http://www.artigonal.com/educacao-infantil-artigos/a-importancia-do-ludico-na-educacao-infantil-1230873.html. Acesso em: 26 mar. 2022.

VYGOTSKY, L. S; LURIA, A. R. & LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone; Editora da Universidade de São Paulo, 1998.

MAFRA, Sônia Regina Corrêa. O lúdico e o desenvolvimento da criança deficiente intelectual. Paraná: Secretária de Estado da Educação, 2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2444-6.pdf. Acesso em: 27 mar. 2022.

PILETTI, Claudinho. Didática geral. São Paulo: Ática, 1995.


segunda-feira, 21 de março de 2022

UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DE POLYA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS

Método de Polya 


DEFINIÇÃO INICIAL

Dito de maneira simples, o método de Polya é um método de resolução de problemas matemáticos. Mas atenção; ele não descreve os passos para resolver um problema matemático. Isto seria uma técnica. Uma técnica descreve em baixo nível o que é necessário pare realizar uma ação.

Por exemplo; para somar dois números de dois ou mais dígitos você deve primeiro colocá-los um em cima do outro, alinhados pela unidade. Depois, iniciando da esquerda para a direita somar primeiro as unidades, depois as dezenas, as centenas, milhares e assim por diante até os números terminarem, não se esquecendo de levar de uma casa para outra todos os valores iguais ou maiores que a dezena (é o “vai um”).

Neste exemplo você percebeu que técnica é a maneira de fazer algo. Já método é a maneira de pensar algo. Isto quer dizer que o Método de Polya te ensina a pensar o problema de modo a descobrir a solução, ou seja, a técnica que vai fazer com que o problema seja resolvido. De forma muito resumida, são quatro as etapas que ele propõe:

  1. Compreender o Problema
  2. Planejar sua Resolução
  3. Executar o Plano
  4. Examinar a solução

Não se engane com a aparente objetividade das etapas acima. Sim, a simplicidade é uma das suas virtudes, mas há muito mais no me´todo. Da maneira com que ele desenvolve o método, listando uma série de perguntas pertinentes a cada etapa, nos ajuda e muito a pensar e resolver os problemas.

Por isto ele é considerado um método heurístico. A Heurística é uma parte da filosofia que se dedica a inventar maneiras de resolver problemas. E por que isto é importante? Simples: a própria definição de problema explica – um problema é algo cuja solução não surge de imediato à sua mente. Por exemplo, se você sente sede em sua casa, não há problema, é só pegar um copo e enchê-lo com a água que está no filtro, moringa ou geladeira. Mas a mesma sede é passa a ser um problema se você está em um deserto e o oásis mais próximo está a muitas horas de marcha.

Da mesma forma, se você lê um “problema” matemático cuja solução você já conhece, ele não é na realidade um problema. Basta que você aplique a técnica já conhecida, que rapidamente você obtém a resposta. Mas tudo fica diferente quando você lê o enunciado de um problema, e simplesmente paralisa. Você se pergunta: E agora? E a resposta não vem.

Para que serve:

Este é o momento em que o Método de Polya pode te ajudar. Ele te dá os passos necessários para que, frente a um verdadeiro problema, você não fique paralisado. Ele te mostra como pensar para não entrar nesta paralisia. Ele conduz o teu pensamento para gradativamente construir a partir do que você sabe; aquilo que você não sabe, ainda.

Polya foi um cientista matemático, mas também um professor. Por isto, o método pode ser usado tanto por alunos como professores. O aluno usa o método para resolver os problemas. Já o professor o utiliza para ensinar o aluno a pensar a resolução dos problemas matemáticos. Em seu livro “How to solve it”, há inúmeros conselhos para o professor. Na realidade, o tempo todo deixa a impressão que está muito mais preocupado com o professor do que com o aluno. Sua preocupação com o aluno se expressa por meio de seus esforços em capacitar o professor a melhor ensinar ao aluno a maneira de resolver problemas.

Finalmente, acho que embora dirigido para problemas matemáticos, o Método de Polya não se restringe a eles. Isto não é algo que ele diga explicitamente. Mas dado o nível de generalidade com que ele constrói suas etapas, me parece que você possa aplicá-lo em uma série de situações que extrapolam a matemática.

Por exemplo; na primeira etapa ele recomenda: Procure entender o problema. Com isto ele expressa a importância de em primeiro lugar saber o que é solicitado e também quais são os dados que existem para obter o que se solicita. E aqui eu te pergunto: Frente à uma situação difícil na vida, não é sensato antes de tudo tentar entender o que está acontecendo, como se chegou aquilo e quais os recursos que você possui para enfrentá-la?

Acho, portanto que o Método de Polya é diretamente útil à alunos e professores de matemática. Mas acho também que qualquer pessoa deveria interessar-se por ele. Afinal de contas, não estamos todos, uma hora ou outra, às voltas com problemas?


                                                                                                                              Prof. Henrique Feliciano

                                                                                                                                               MATEMÁTICA

quarta-feira, 16 de março de 2022

LISTA DE EXERCÍCIO - 7º ANO "B" - Colégio Educandário Jardim Piedade - Esta lista deve ser entregue dia 24/03/2022

 

Colégio Educandário Jardim Piedade

Aluno ­­­­­­­­­­­­­­_________________________________________

Prof. Henrique Feliciano

Disciplina: Matemática

Data da entrega: 24/03/2022

 

LISTA DE EXERCÍCIO


1)    Se 2/3 dos 42 alunos de uma sala usam óculos, calcule o número de alunos que não usam óculos. 13 alunos não usam óculos.  

a)    13 alunos não usam óculos.  

b)   14 alunos não usam óculos. 

c)    15 alunos não usam óculos.

d)   16 alunos não usam óculos.  

e)    17 alunos não usam óculos. 

 

2)    A a soma entre o dobro 3/5  de  com o triplo de 16/9 é:

a)    98/10

b)   23/3

c)    90/15

d)   98/15

e)    96/10

 

3)    Para pintar 5/8 de uma parede, utilizei 25 litros de tinta. Quantos litros de tinta serão necessários para pintar toda a parede?

 

a)    35     

b)   42       

c)    40    

d)   45  

e)    50

 

4)    Numa prova de matemática com 35 questões, Marluce acertou 3/5 e Artur 5/7. Artur acertou a mais que Marluce:

 

a)    1 questão

b)   2 questões

c)    3 questões

d)   4 questões

e)    5 questões


5)    Augusto construiu sua casa em 3/7 do seu lote. Dias depois plantou frutas em 1/3 do restante. A fração do terreno que foi destinado ao plantio de frutas, é igual a:

 

a)    4/21

b)   3/7

c)    1/3

d)   3/5

e)    1/4 

6)    Uma prova de matemática tem 20 questões e Maria só respondeu 1/4 da prova. Quantas questões, Maria resolveu?          

 

a)    20 questões.

b)   15 questões.

c)    10 questões.

d)   5 questões.

e)    0 questões.

 

7)    Observando os conceitos sobre as operações com números fracionários o valor da expressão 1/3 + 2/9 4/3 simplificada  é:


a)    1/4                       

b)   17/9         

c)    18/10

d)   16/9

e)    0.


8)    Uma família tem 1/3 de homens, 1/4 de mulheres e 25 crianças. Qual o total de pessoas da família?

a)    40

b)   50

c)    60

d)   70

e)    8

9)    Se 3⁄7 de uma estrada correspondem a 90 Km, qual o comprimento dessa estrada ?

 a)    110 Km de comprimento

 b)   111 Km de comprimento.

 c)    200 Km de comprimento.

 d)   210 Km de comprimento.

 e)    220 Km de comprimento.

  

10)     Quando se diz que 1/4 de um número é 12, a fração que corresponde ao número é 4/4?

a)    Sim

b)   Não

c)    Nenhuma das opções

 

                                                                                                      Prof. Henrique Feliciano

                                                                                                      Matemática



GABARITO DA LISTA DE EXERCÍCIO. CONSIDERAR ATÉ A 10ª QUESTÃO.